quarta-feira, 1 de julho de 2020

Kananga do Japão-novela

Ficheiro:Kananga do Japão - CD.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livreKananga do Japão é uma telenovela brasileira produzida pela Rede Manchete, cuja exibição ocorreu entre 19 de julho de 1989 e 25 de março de 1990, totalizando 208 capítulos.Substituindo Olho por Olho e sendo substituída por Pantanal Escrita por Wilson Aguiar Filho, foi produzida por Jayme Monjardim com a colaboração de Rodrigo Cid, Sérgio Perricone, Gil Haguenauer, Guto Graça Mello, Colmar Diniz e Guilherme Arantes, sob a direção de Wilson Solon, Carlos Magalhães e Tizuka Yamasaki. 
Cristiane Torloni e Raul Gazolla interpretaram as personagens principais Dora e Alex, respectivamente, numa trama que narra fatos ocorridos no Brasil durante a década de 1930, tais como a revolução de 1930 e 1932, o integralismo e a intentona comunista.  Giuseppe Oristanio, Tônia Carrero, Zezé Motta, Cristiana Oliveira, Cláudio Marzo, Carlos Eduardo Dolabella, Tamara Taxman, Elaine Cristina, Carlos Alberto, Haroldo Costa e Paulo Castelli desempenharam os demais papéis principais da história. 
A cantora Misty executou o tema de abertura, "Minha", presente em um LP lançado paralelamente ao folhetim, o qual contou com canções de Elis Regina, Evandro Mesquita, entre outros. O título "Kananga do Japão" é uma referência ao nome da casa noturna na qual a personagem Dora encontra seu grande amor, Alex.. Por sua vez, o nome da casa noturna é uma referência à flor conhecida como cananga-do-japão. 
Voltada para o público adulto, foi recebida positivamente pela mídia e imprensa. Desta forma, foi condecorada por seis categorias vencidas no troféu APCA, da Associação Paulista dos Críticos de Arte.

PRODUÇÃO:

Adolpho Bloch, presidente da Rede Manchete, deu a ideia de produzir um folhetim que mostrasse o Grêmio Recreativo Familiar Kananga do Japão, um famoso cabaré da década de 1930. Com isso, contratou Aguiar Filho, que já produziu Marquesa de Santos e Dona Beija, maior sucesso da teledramaturgia da emissora, desde então. Esse projeto seria uma forma de suprir os prejuízos pela produção anterior, Olho por Olho. 
Para desenvolver o texto de Wilson Aguiar Filho, a equipe investiu em material fotográfico, livros e documentos do Museu da Imagem e do Som, Arquivo Nacional e Biblioteca Nacional.  A emissora gastou 20 milhões de dólares com a produção da obra,  cujas filmagens se iniciaram em 15 de maio de 1989. 
Para a história, o elenco teve de aprender dança de salão,  samba de gafieira, maxixe e foxtrote, além de capoeira, sinuca, etiqueta e noções de judaísmo.  Uma maneira utilizada pela Manchete para conquistar o público foi narrar, dentro da história, partes do governo de Getúlio Vargas e Washington Luís e a prisão de Olga Benário. Conforme comentário do diretor artístico Jayme Monjardim, "se essa novela não der certo, a Manchete desistirá da dramaturgia".O cenário de maior parte da trama é a casa noturna de danças Kananga do Japão, localizada na praça Onze.  Foram envolvidos mais de 200 profissionais para a construção de uma cidade cenográfica em Grumari, Barra da Tijuca,  com cerca de seis mil metros quadrados. A cenografia recaiu ao diretor Rodrigo Cid, o qual projetou lojas, chafarizes, linhas de bonde, colégios e a casa noturna intitulada Kananga do Japão. Outras imagens foram filmadas nos estúdios da Manchete em Vista Alegre, na Zona Norte do Rio. 
Poucos dias antes da estreia, a Rede Manchete assinou uma parceria com a Fundação do Cinema Brasileiro, o qual confirmava a cessão de cenas de filmes lançados entre 1930 e 1939. O trabalho de 500 engenheiros, arquitetos e cenógrafos para a construção de bondes, trilhos e casas durou cerca de quatro meses e consumiu 1,5 milhão de dólares do orçamento de 5,5 milhões da telenovela.Segundo comentário da escritora, "o compromisso maior foi retratar o que era a Praça Onze naquela época." 
O maquiador e esteticista Guilherme Pereira e o figurinista Colmar Diniz  foram os responsáveis para a caracterização dos personagens em relação à época apresentada. Consoante Pereira, "A maquiagem dos anos 30 exaltava a beleza da mulher como nunca, daí exigindo de um profissional um profundo senso estético, precisão e harmonia. Os cabelos em pequenas ondas, as sobrancelhas finas e os olhos caídos faziam um rosto perfeito. Mas qualquer deslize poderia representar um desastre. Então, para se chegar à composição final de cada personagem, é preciso um consenso com o figurino, a arte, cenografia e com a direção da novela, além dos próprios atores".revista amiga & novelas: KANANGA DO JAPÃO

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